domingo, 17 de janeiro de 2010

O Passado e o Futuro


[Ouvindo... Coralie Clement – L’ombre Et La lumiere]

Ao som de muita música francesa e de qualidade!
Era um domingo de manhã, eu estava voltando do supermercado com algumas sacolas e eram apenas oito horas. Sendo que num domingo de manhã fico na atividade desde às sete horas, mas pela tarde me desmancho na cama para recuperar a tal atividade. Enquanto eu voltava, entrei no meu prédio e vi uma senhora que é vizinha minha. Ela olhou para mim, olhou para o
relógio e para mim novamente. Pensei comigo: “quer ver que ela vai falar que eu acordei muito cedo...”. Se eu fosse vidente poderia ganhar muito dinheiro após o comentário que ela fez ao passar por mim: “Nossa... já tá fazendo compra? Tão cedo...”. Eu sou educada e estou inaugurando meu segundo decênio, então respondi: “Ah, é melhor para comprar... mais tranqüilo!”. Se eu estivesse nos meus trinta anos ou tivesse já saturada de tais comentários, poderia responder: “Que nada, você que é preguiçosa e não quer levantar da tua cama!” ou “É mesmo, QUERIDA? É porque eu vim da farra, aí comprei umas vodcas para começar bem a manhã... sabe como é domingo de manhã né? É perfeito para tomar uma vodca!”. Sim, merecia. Mas sabe como é...
Agora, discutindo profundamente este “causo”. Dizem que os jovens têm preconceito com os idosos. Têm! Mas e os idosos com os jovens? Sempre acham que os jovens não são capazes de realizar tarefas, que são sempre distraídos, que não são estudiosos, que não podem namorar sério, que não sentem dor nenhuma e que não podem acordar cedo em um domingo de manhã. E se eu fosse fã de Globo Rural? Ou quisesse assistir à missa do PE. Marcelo?

Assim como os jovens têm preconceito com os idosos, como por exem
plo: um idoso jamais beija na boca em uma novela (dá apenas aquele mísero selinho), um idoso jamais vai para o baile, jamais viaja, jamais gosta de Rock, mas somente gosta de Nelson Gonçalves, vive no crochê e nos livros infantis. Vive também na cozinha fazendo maravilhosos bolos e ficam sempre em uma cadeirinha de balanço esperando a morte chegar (Toca Raul!). Os idosos também DEVEM gostar de uma boa fila do SUS, reclamar de suas artroses, dos seus filhos que não dão valor a eles depois de tanta luta e simplesmente “amam” brigar por idade na fila de um posto de saúde como: “Eu tenho 80 anos e tenho osteoporose, devo entrar primeiro!” – “Não, meu senhor! Eu tenho 81 e olha como a minha perna tá inchada!” ou até mesmo um mais novo: “Isso não tem idade, nem sofrimento! Tenho 40 anos e cheguei aqui às 4hs da matina! Tenho que fazer faxina e olhar meus oito filhos!”...
Amo os idosos, mas muito difícil ver algum que não tenha preconceito. E até mesmo o jovem que tem uns espasmos de revolta: “Nossa! Dirigindo assim
só podia ser velho!” ou “Caraca! Essa música é do tempo do meu vô!” ou “Cara que mico meus avôs dançando no dia que meu peguete foi lá em casa!”. De onde veio tanto preconceito?
Lembro-me que há pouco tempo fui em uma missa onde só tinha idosos. O mínimo era
65 anos. E eu lá, me sentindo em casa. Mas esse preconceito causa diversos problemas, como a agressividade dos jovens com os idosos, a falta de respeito seja em casa ou até mesmo no ônibus ao recusar a dar lugar a um senhor. Até mesmo para os idosos que sempre desconfiam de um jovem, que acham que ele é incapaz e passa por cima disso e acaba se prejudicando. Apesar da autora deste texto ser bastante jovem, ainda acho que o preconceito dos adolescentes é maior para com os idosos do que o contrário. Infelizmente isso é triste.
É preciso mudar este modelo, mudar esta realidade. Os idosos são a história de um povo e a juventude é o futuro que se constrói. Como construir um futuro que tem vergonha do passado?

Abraço a todos!!!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Os limites da religião e da evolução


[Ouvindo... Rammstein - Halleluja…]

Para relembrar os velhos tempos…


Como notícia número um da mídia, está esse infeliz terremoto que ocorreu no Haiti... E seria impossível eu não come
ntar. Realmente muito triste por se tratar de um dos países mais pobres da América e ainda por cima ser atingido por tal tragédia. Tantas pessoas buscam uma explicação plausível para esse acontecimento, como a religião Vodu que é a oficial no país. Talvez (e bem pode ser) que seja por se tratar de uma religião “maligna”, que “abre mesa” para fazer mal aos outros. Tipo um candomblé só que bem mais forte, e para o mal. Só sabemos que por causa de tal religião, há no país, em todas as ruas, esquinas vários cadáveres em putrefação que não são enterrados por motivo da crença local. E como abordar a população para uma conscientização que passe por cima da religião? Assim como os saques que acontecem nas cidades do Haiti são impossíveis de controlar e não se pode forçá-los a pensar de uma maneira diferente, para que a vida tenha condições melhores diante de tanto sofrimento.

Isso me lembrou tal fato com um antigo professor de Geografia. Estávamos conversando sobre os países subdesenvolvidos e falamos sobre seus
costumes. Chegamos a conclusão que a grande maioria desses locais possuem uma mentalidade (não menor), porém mais agressiva, impulsiva, não pensando nas consequências e ligada completamente nos rituais. Tais fatores ajudam a impedir uma evolução do país. É possível citar como exemplo o costume da pedofilia em várias tribos africanas. Muitas famílias acreditam que para possuir riquezas e ter uma vida próspera, devem entregar suas filhas (geralmente crianças) para os próprios pais e se relacionarem com eles sexualmente por vários anos. A grande maioria das jovens é submetida a abortos, além de vários rituais como viver como uma amante para o próprio pai. Vocês vão dizer: mas isso não é possível! Sim, é. Acontece principalmente em países como Angola, Uganda e Moçambique. Há também outras tribos que mantém o ritual da retirada do clitóris nas mulheres antes do casamento, o que é considerado pelos povos de outros países, é claro, como uma mutilação. E como agir contra esses costumes?

Ao longo da história, muitos países africanos tiveram sua economia boicotada pelos países europeus e pelos EUA, justamente por esses ritos considerados contra os direitos humanos. E podemos pensar, será que é por isso que tantos países ao manter tais religiões estão submetendo ao país a uma pobreza considerável? E como mudar isso? Como acostumá-los a v
encer a pobreza removendo a religião da sua vida como meta principal? Na verdade, eu comecei a pensar nisso desde essa conversa com esse professor.
O Brasil não é um país tão pobre, mas também não é tão rico. Discutimos em sala sobre o tema e refletimos como os EUA são muito mais ricos que nós (e todos os países da América), e tinham índios, tinham povos primitivos e como organizar
am tão bem a vida política no país. Como exemplo, na mesma época em que os colonos americanos organizavam contra a Inglaterra e realizavam exportações, o Brasil e muitos outros países só exportavam para a Metrópole e para algum país vizinho (e talvez isso!). Isso é questão de mentalidade. Por isso, nesse ano de eleições, acho que o Brasil melhorou bastante, mas a mentalidade continua como o da Colônia.

Enquanto a “Metrópole do tio S
am” e os “Japas” pensam na evolução da indústria, no desenvolvimento do país e nas exportações, muitos países latino-americanos (tem hífen?) concentram suas ações no Carnaval, nas brigas e invasões de lojas, violência e outras confusões. Brasil não é menos evoluído. Mas falta mentalidade empreendedora. Lula conseguiu muita coisa, mas... estamos longe de ser alguma coisa grandiosa. Vamos aguardando na torcida!

Hoje o texto deu uma girada de 360º. Mas é por uma boa causa!



Um beijo em todos!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Uma sensibilidade artística...




[Ouvindo...Tina Turner – Private Dancer]

Em uma semana tranqüila e inspiradora... venho recebido influências latino-americanas e tenho passado por certas “alucinações”. Após ver tantos filmes e ler dois livros ao mesmo tempo, isso pode ser mesmo verdade. Parece que, quando passamos por um processo criativo, como pintar, ler e escrever os acontecimentos tomam outra dimensão e adquirimos um olhar sensível às situações do dia a dia, que geralmente passam despercebidas aos “reles” mortais. Talvez seja por isso que os artistas são tão sensíveis e elaboram tantos objetos, situações e músicas tão criativas e que só os mais intelectuais conseguem interpretar suas verdadeiras intenções. Vide um Carlos Drummond ou um João Cabral de Melo Neto, que você terá que ter mais que uma cabecinha que pensa em baladas e nos que você deixou de ficar na última noite. E não só esses poetas consagrados possuem essa sensibilidade desvairada, existem os músicos como Zeca Baleiro, Fagner, Lenine, Chico Buarque e tantos outros que utilizam de métodos subjetivos para retratar uma realidade que poucos conseguem captar.
B
aseada neste argumento, tenho lido muito e visto muitos filmes como já havia dito. Por tanto, a sensibilidade sempre fica mais aflorada e a percepção parece maior. É claro que nem em todas as pessoas esse sentido aflorece, mas posso dizer que a maioria. Para tanto, resolvi ver o tal filme “Avatar”, que só se fala na mídia e após tanta gente me convencer a ver o “dito cujo” resolvi ver e comprovar se realmente é bom. Acreditem, alguém que desalinha na física e nas matemáticas, que não dispensa um bom papel para ler e que não se adapta aos livros eletrônicos com certeza não estaria tão animada para ver uma ficção científica. Mas fui lá, com cinema lotado de crianças, adultos e idosos bem animadinhos para ver a ação que iria brotar naquela telona. Me acomodei e pensei: “Verei mais um desses filmes americanos ridículos. Com suas armas poderosas e irreais. Meu professor de Física III não perderia este filme por nada!” e deixei passar todos os trailers. Não sou tão preconceituosa assim, mas iria correndo para ver um filme estrangeiro ou até mesmo um nacional. Enfim. Fiquei lá e vi. Vi um filme bastante avançado “cientificamente”, “graficamente”, e com certos valores morais que não sei se foi essa a intenção de seu criador, mas interpretei por essa forma e julguei correta.
O filme Avatar (sem spoilers), me deixou um recado bem bonito: O homem e a natureza. E a sua destruição, a sua revolta, o caos e a tristeza em torno dela. Além disso, a sua importância. Interessantíssimo, com muita ação, fiquei suando o tempo todo e bastante tensa com suas cenas intensamente ativas. E me lembrei de 2012 que seguiu com seu tema de destruição do mundo e todos os filmes que passaram e cansaram de passar na “Tela Quente” com o mesmo tema.
Porém, os líderes de tantos países considerados os mais poten
tes e ricos do mundo, ignoram a existência de todo este absurdo e este perigo de morte que nos ronda em todos os lugares. Bem no ano da “Conferência da Natureza”, quem decidiu seus lugares foi os homens poderosos e quem menos teve opinião foi o planeta Terra. Quem disse que líderes dessa linha são poderosos e ricos? Pode dizer que materialmente são surpreendentes, mas o que dizer ao aspecto humano deles? Não há quem negue. A natureza anda por aí na espreita de quem a impedir ou de quem vier incomodá-la. Com tantos filmes, poderia ser tomada uma providência. A oportunidade veio com as conferências, com as viagens e reuniões, porém... nada feito!
E o mais interessante é que os melhores e os mais polêmicos filmes são feitos exatamente nos países que promovem uma barreira ambiental à salvação da vida terrestre. Que adianta buscar água na Lua ou em Marte? Nem todos irão para lá, mas isso não importa. O i
mportante é gastar milhões para financiar projetos tão irreais e sem pretensões futuras. Sim, venho eu com o meu preconceito contra as tecnologias e a ficção científica investida. Não, não tenho preconceito com ideais futuristas. Tenho aversão ao avanço tecnológico mais atrasado por não reparar o que passa em volta e não falo de ficção científica, falo da realidade que aí está com suas inúmeras catástrofes!


Bem que minha mãe sempre reclama desta televisão q
ue aumenta sozinha. Fantasma? Que nada! É desde que colocaram essa merda da “TV digital”. Vizinha falou e também reclama!

Por acaso, recomendo para quem gosta de histórias de clarividência, sagas familiares, personagens analisados de forma psicológica e um pouco de romance leiam: Isabel Allende – A Casa dos Espíritos. Vai enriquecer seus corações!



Abraço a todos!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A influência da música...




[Ouvindo... Mercedes Sosa]

Depois de tanto tempo, vim falar de algo que tem me distraído nesses dias. Música. E venho discutido com algumas pessoas próximas a mim sobre a sua influência.
Vem gente e me fala: "Ressuscitou Mercedes Sosa?". Por que não? Na verdade... era Natal. E eu vinha pensando muito no passado, e ultimam
ente minha postura tem sido essa. Então, liguei no último volume o disco da cantora argentina "ressuscitada". E ressuscitou.... Veio toda a minha infância... lá pelos 4 aos 6 anos...! Lembrei de tanta história daquele tempo... enquanto aquela voz cantava. Tristeza? Não, apenas lembrança. É bom e faz bem repensar no passado. Logo após, resolvi tirar todos os discos mais antigos e ouvir...
Como é incrível o ambiente que uma música pod
e causar... em apenas um disco, pode conter músicas para variadas ocasiões. Uma música espanhola deixa um ambiente tranquilo, sensual ou até depressivo. Tudo depende do que você quer criar.
Engraçado, que quando fazemos uma atividade esportiva, como caminhar, correr... preferimos músicas agitadas, que dão a idéia de movimento como: dance, techno e
músicas modernas, que chamamos de "alto astral". É ótimo!
Cada um ouve o que quer. Pagode e samba agitam o ambiente, dão aquele clima de festa e animação.

Mas voltando... interessante a sensação que temos.
Há alguns anos atrás, uma professora de química que me dava aulas mostrou à nossa turma uma reportagem sobre a influência da música em um ambiente e a energia que ele criava. E usando como exemplo a água. Como ela era hippie, ela te
ve um ângulo mais "esotérico" da situação. A reportagem propunha diferentes sensações e energias que cada música passava, como por exemplo: o new age deixava a água mais clara (como se fosse a energia); o rock deixava a água mais escura (microscopicamente); músicas agitadas também dava o mesmo efeito a água. Essas teorias não são comporvadas, mas a reportagem era bem interessante para jovens de 14 anos. Eu pelo menos acho. Alguns revoltaram, e esses eram os roqueiros, com certeza!
Alguns semanas atrás, eu estava "passeando" pelo orkut e vi várias comunidades sobre música. Um falava de músicas para viagem, outras para ginástica e outras para o sexo. Em todas abordavam como o usuários poderiam tornar o mom
ento mais propício com a música escolhida. Relatos interessantes foram discutidos e devo passar neste blog, como:


Samba, pagode e funk: não combina com sexo e nem com viagem (dependendo é claro).
Artistas como portishead, ben harper, e o e
stilo musical rock: combinam com sexo, mas não combinam com ginástica e atividades esportivas
MPB: Não combinam com ginástica, mas para o restante, é perfeito.


Esses relatos, é claro, dependem muito do gosto da pessoa. Mas imaginem um Roberto Carlos em uma noite de amor? Muito depr
essivo! É claro que as titias ficam loucas ao verem o "coroa" dando show na TV, mas... Ou mesmo Chitãozinho & Xororó com "Fio de cabelo compriiiiiiiiido que esteve grudado em nossos lençois", no ápice da situação???
Cada qual com o seu gosto, não é mesmo?


Cada pessoa tem o seu estilo musical. Tenho amigos que curtem somente rock ou somente dance, ou somente funk ou somente qualquer estilo musical. Isso sim é triste, pois a pessoa não consegue variar e conhecer outras culturas. Mesmo que possamos gostar de um ou dois
estilos somente, é preciso conhecer outros estilos para diversificar a mente e se adaptar melhor às outras pessoas. Mas o pior não é isso, é ter pessoas que simplesmente não tem um disco em casa e muito menos um rádio!
Sim, conheço. Acreditem!

Hoje, venho compartilhar essa reflexão. A música é algo muito especial na vida das pessoas. Imaginem um supermercado com ópera? Ou uma propaga
nda de um carro com funk? As pessoas atualmente têm se ligado muito ao visual dos ambientes e pouco percebem como o som influencia na vida. Assim como as propagandas de perfumes, geralmente possuem como pano de fundo músicas instrumentais e belíssimas, justamente para aludir às situações chiques e belos que os perfumes prometem.
Assim como músicas animadas, de festas e dance geralmente trazem uma alusão ao ambiente gay. Por que quando ouvimos Lady Gaga, Madonna, Gloria Gaynor sempre temos a impressão que é música de gay?? Música é algo que não deve ser estereotipada e sim ouvida, sentida. Há uma falta de sensibilidade para isso.
E...

Música é tudo de bom e não sei como tem vizinho que reclama da música do outro!


Abraços a todos...!