sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Uma sensibilidade artística...




[Ouvindo...Tina Turner – Private Dancer]

Em uma semana tranqüila e inspiradora... venho recebido influências latino-americanas e tenho passado por certas “alucinações”. Após ver tantos filmes e ler dois livros ao mesmo tempo, isso pode ser mesmo verdade. Parece que, quando passamos por um processo criativo, como pintar, ler e escrever os acontecimentos tomam outra dimensão e adquirimos um olhar sensível às situações do dia a dia, que geralmente passam despercebidas aos “reles” mortais. Talvez seja por isso que os artistas são tão sensíveis e elaboram tantos objetos, situações e músicas tão criativas e que só os mais intelectuais conseguem interpretar suas verdadeiras intenções. Vide um Carlos Drummond ou um João Cabral de Melo Neto, que você terá que ter mais que uma cabecinha que pensa em baladas e nos que você deixou de ficar na última noite. E não só esses poetas consagrados possuem essa sensibilidade desvairada, existem os músicos como Zeca Baleiro, Fagner, Lenine, Chico Buarque e tantos outros que utilizam de métodos subjetivos para retratar uma realidade que poucos conseguem captar.
B
aseada neste argumento, tenho lido muito e visto muitos filmes como já havia dito. Por tanto, a sensibilidade sempre fica mais aflorada e a percepção parece maior. É claro que nem em todas as pessoas esse sentido aflorece, mas posso dizer que a maioria. Para tanto, resolvi ver o tal filme “Avatar”, que só se fala na mídia e após tanta gente me convencer a ver o “dito cujo” resolvi ver e comprovar se realmente é bom. Acreditem, alguém que desalinha na física e nas matemáticas, que não dispensa um bom papel para ler e que não se adapta aos livros eletrônicos com certeza não estaria tão animada para ver uma ficção científica. Mas fui lá, com cinema lotado de crianças, adultos e idosos bem animadinhos para ver a ação que iria brotar naquela telona. Me acomodei e pensei: “Verei mais um desses filmes americanos ridículos. Com suas armas poderosas e irreais. Meu professor de Física III não perderia este filme por nada!” e deixei passar todos os trailers. Não sou tão preconceituosa assim, mas iria correndo para ver um filme estrangeiro ou até mesmo um nacional. Enfim. Fiquei lá e vi. Vi um filme bastante avançado “cientificamente”, “graficamente”, e com certos valores morais que não sei se foi essa a intenção de seu criador, mas interpretei por essa forma e julguei correta.
O filme Avatar (sem spoilers), me deixou um recado bem bonito: O homem e a natureza. E a sua destruição, a sua revolta, o caos e a tristeza em torno dela. Além disso, a sua importância. Interessantíssimo, com muita ação, fiquei suando o tempo todo e bastante tensa com suas cenas intensamente ativas. E me lembrei de 2012 que seguiu com seu tema de destruição do mundo e todos os filmes que passaram e cansaram de passar na “Tela Quente” com o mesmo tema.
Porém, os líderes de tantos países considerados os mais poten
tes e ricos do mundo, ignoram a existência de todo este absurdo e este perigo de morte que nos ronda em todos os lugares. Bem no ano da “Conferência da Natureza”, quem decidiu seus lugares foi os homens poderosos e quem menos teve opinião foi o planeta Terra. Quem disse que líderes dessa linha são poderosos e ricos? Pode dizer que materialmente são surpreendentes, mas o que dizer ao aspecto humano deles? Não há quem negue. A natureza anda por aí na espreita de quem a impedir ou de quem vier incomodá-la. Com tantos filmes, poderia ser tomada uma providência. A oportunidade veio com as conferências, com as viagens e reuniões, porém... nada feito!
E o mais interessante é que os melhores e os mais polêmicos filmes são feitos exatamente nos países que promovem uma barreira ambiental à salvação da vida terrestre. Que adianta buscar água na Lua ou em Marte? Nem todos irão para lá, mas isso não importa. O i
mportante é gastar milhões para financiar projetos tão irreais e sem pretensões futuras. Sim, venho eu com o meu preconceito contra as tecnologias e a ficção científica investida. Não, não tenho preconceito com ideais futuristas. Tenho aversão ao avanço tecnológico mais atrasado por não reparar o que passa em volta e não falo de ficção científica, falo da realidade que aí está com suas inúmeras catástrofes!


Bem que minha mãe sempre reclama desta televisão q
ue aumenta sozinha. Fantasma? Que nada! É desde que colocaram essa merda da “TV digital”. Vizinha falou e também reclama!

Por acaso, recomendo para quem gosta de histórias de clarividência, sagas familiares, personagens analisados de forma psicológica e um pouco de romance leiam: Isabel Allende – A Casa dos Espíritos. Vai enriquecer seus corações!



Abraço a todos!